Você tem medo de buracos? Se a resposta for sim, existe uma boa chance de você ter tripofobia. Este problema atinge um grande número de pessoas no mundo, embora não seja muito conhecido. Aqui vamos falar sobre este transtorno, citando as suas causas, sintomas e como realizar o tratamento. Saiba mais.
O que é Tripofobia?
A tripofobia é causada por um transtorno psicológico, onde a pessoa tem um medo perturbador de buracos, imagens que representam este item ou padrões irregulares em favos de mel. Também envolve buracos na pele, em pedaços de madeira, plantas ou esponjas. Quem é atingido por este mal pode apresentar diversos sintomas se ver algum tipo de buraco.
Ainda em estudo
Até hoje não existem muitos estudos científicos sobre este problema, que tem ganhado bastante destaque pela internet. Ainda não foi listado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria. As pesquisas têm avançado e os primeiros resultados já indicam formas de tratamento e também a origem do problema.
Primeiras pesquisas
O que se tem até o momento é uma pesquisa limitada feita por Arnold Wikins e Geoff Cole, que dizem ser os primeiros a estudarem cientificamente o assunto. De acordo com eles, o medo não é causado por fatores culturais e sim psicológicos. A pesquisa foi publicada em 2013, pela Universidade de Essex, no Reino Unido.
De onde vem a tripofobia?
Segundo estudos de pesquisadores, a tripofobia é a associação realizada de maneira inconsciente por portadores, envolvendo buracos ou objetos com padrões irregulares a situações de perigo. Essa condição acontece já que os buracos podem ser associados a pele de alguns animais perigosos e venenosos, como as cobras ou com vermes. Por se tratar de uma fobia, a pessoa não consegue diferenciar uma situação realmente perigosa de uma em que não há perigo.
Evolução humana
Os pesquisadores Arnold Wikins e Geoff Cole indicam em seu trabalho que uma das prováveis causas da tripofobia é a evolução humana. Muitos animais letais, como cobras e aranhas possuem diversos pequenos buracos em seus corpos, o que causaria essa aversão automática do cérebro. A dupla coletou imagens dos animais mais venenosos do mundo e constatou padrões irregulares de “buracos” em seus corpos.
Situações que podem causar tripofobia
Pessoas que tem essa condição podem sentir medo ao verem diversos círculos agrupados, canudinhos lado a lado, buracos naturais em rochas, esponjas, queijos com buracos, corais, bolhas de sabão próximas, chocolate tipo sufflair cortado ao meio, flor de lótus seca e miolo de girassol. O ideal é encarar o medo aos poucos, com a ajuda de especialistas.
Sintomas da tripofobia
Se uma pessoa com tripofobia ver algum item como favo de mel, morangos ou crustáceos poderá apresentar alguns sintomas. O problema é que estes sintomas são muitas vezes associados a diversos outros problemas. É comum enjoo, tremores, suores, nojo da situação, choro, arrepios, desconforto, aumento do ritmo cardíaco e coceira ou formigamento. Em casos graves pode levar a ataques de pânico, causados pela ansiedade.
É possível curar a tripofobia?
É possível tratar o problema e até mesmo se livrar completamente dele. De acordo com psicólogos especialistas no assunto, é preciso fazer uma análise especifica de cada caso, conhecendo a origem do problema em determinada pessoa. Em casos mais graves pode haver a necessidade de acompanhamento por parte de um psiquiatra.
Tratamento para tripofobia
Existem algumas maneiras diferentes de tratar a tripofobia, sendo que a terapia de exposição é considerada a melhor delas. Com esse tipo de tratamento a pessoa deverá conseguir controlar o seu medo, mudando seus instintos ao entrar em contato com os tipos de buraco já citados. É preciso ter muito cuidado para não deixar traumas.
O tratamento por meio de exposição é feito por psicólogos, que de maneira gradual vão estimulando o paciente a encarar o seu medo, envolvendo também um diálogo próximo e terapia, assim como técnicas para relaxamento. Uma opção é utilizar também outros tipos de tratamento, combinados com esta terapia, aumentando os resultados obtidos.
Significado do nome
A palavra tripofobia é a junção da palavra fobia, que vem do grego phóbos e significa medo, com tripo, que também vem do grego, trypo, que significa fazer buracos ou perfurar. Assim, a palavra tripofobia significa o medo de buracos, algo que a pessoa não pode controlar e sente instantaneamente após ver algo do tipo.
Origem do termo
Acredita-se que o termo tripofobia foi criado em 2005, em algum fórum da internet. Embora ainda não seja reconhecida pelos principais órgãos do assunto, milhares de pessoas de todo o mundo garantem que sofrem com essa condição. É possível que o problema tenha relação com os ancestrais dos humanos, já que esses tipos de buracos são semelhantes as inflamações causadas por vermes no corpo.
Dificuldades com coisas simples
A maioria das pessoas que diz sofrer de tripofobia apresenta dificuldades durante o dia a dia, já que precisa lidar com algumas situações embaraçosas. Ir ao supermercado ou assistir a um noticiário pode ser uma tarefa complicada, já que qualquer foto que apresente algo redondo pode causar medo.
Nem sempre imagens assustadoras
A tripofobia não está associada a imagens assustadoras, onde a pessoa irá ver algo e assim ficar com medo. Os círculos alinhados causam medo por si só em quem sofre com este mal. Assim a condição é ainda mais perigosa, já que as vezes basta olhar para o lado e encontrar algo perigoso.
Cérebro forçado
Os pesquisadores indicaram ainda que o cérebro humano apresenta dificuldades para processar alguns tipos de imagens, forçando uma maior oxigenação e maior carga de energia. Assim, seria um método de proteção para o corpo, como o medo de altura, que defende as pessoas de quedas bruscas.
Outra questão indicada é que os seres humanos podem desenvolver fobias sobre qualquer coisa e com o avanço da internet e das redes sociais, onde é possível divulgar relatos, esse tipo de lista não para de aumentar. Quem é contra a classificação oficial da tripofobia como uma fobia alega justamente que ela surgiu no meio online.
