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HAARP: saiba mais sobre o projeto

Será que o ser humano é capaz de controlar o clima? Os Estados Unidos desenvolveram por 20 anos o Projeto HAARP, que buscava entender o funcionamento da ionosfera. Qual foram as conclusões? Eles causaram terremotos e controlaram mentes? Veja a seguir.

O Projeto HAARP

O Projeto HAARP foi um estudo aprofundado realizado no Alasca, para descobrir como funcionava a ionosfera. O Governo foi acusado diversas vezes de manipular o clima no planeta com base no HAARP. Até mentes humanas entraram em pauta. O que se sabe é que existe algo parecido sendo executado em outros países.

O que é Projeto HAARP?

O High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP), em português, Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência é uma atividade financiada pela Força Aérea dos Estados Unidos, Marinha norte-americana e a Universidade do Alasca. A ideia é entender e simular os processos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações no sistema de vigilância.

Como praticamente tudo neste mundo que não é explicado tim-tim por tim-tim, O Projeto HAARP desperta muita curiosidade da população, que passa a fazer diversas especulações. Este é um território cheio de teorias, que obviamente não foram comprovadas ainda, ou deixá-las-ia de ser. Muitos acusam o HAARP de estar provocando mudanças climáticas em todo o planeta.

Quando começou o Projeto HAARP?

O Projeto HAARP começou em 1993, com uma série de experimentos que duraria 20 anos. Em 1999 o Parlamento Europeu emitiu um comunicado afirmando que essa atividade estava manipulando o clima, com fins militares, três anos depois foi a vez dos russos, que elaboraram um documento indicando que o HAARP consistia em uma “arma geofísica”.

Como funcionava o Projeto HAARP?

O principal componente do Projeto HAARP era a Investigação Ionosférica (IRI), que se tratava de um aquecedor ionosférico. Era um transmissor de alta frequência, com a capacidade de alterar temporariamente a ionosfera. O sinal produzido pelo transmissor era enviado ao campo onde estavam as antenas, transmitindo para o céu.

Numa altitude entre 100 km e 350 km, o sinal era dissipado parcialmente. Porém, essa capacidade de carga era dezenas de milhares de vezes menor do que a radiação eletromagnética que o Sol envia para a Terra. Mesmo assim, os resultados puderam ser observados pelos cientistas que trabalhavam neste estudo, fazendo com que estes conseguissem compreender melhor o plasma.

Onde o Projeto HAARP era desenvolvido?

A sede do Projeto HAARP ficava em Gakona, uma região do estado norte-americano do Alasca. Primeiro foi realizado um relatório referente ao impacto ambiental, depois instalaram uma rede com 360 antenas. Acontece que a ionosfera sobre o Alasca é menos estável que em outros lugares, possibilitando uma maior variedade para os estudos.

Além disso, no Alasca não existem grandes cidades nas redondezas, possibilitando que as pesquisas fossem desenvolvidas com resultados mais avantajados. Dessa forma, seria menor a presença de ruídos nas imagens capturadas. Os sensores foram instalados em montanhas, sendo mais um ponto positivo. A estrutura contava com cozinha e vários escritórios, mais um centro de controle.

O que é ionosfera?

A ionosfera é uma camada localizada entre 60 km e 1000 km de altitude em relação ao solo terrestre. Ela é formada por íons, plasma ionosférico e serve para refletir as ondas de rádio até 30 MHz. Além do Projeto HAARP, é estudada em outros países, como no Brasil, onde é responsabilidade da Divisão de Aeronomia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Essa faixa tem este nome devido ao acumulo de íons que conquista. A ionosfera recebe e perde elétrons com frequência elevada. O maior ionizador é o sol, depositando uma grande quantidade de carga todos os dias. Esses íons possuem densidade variável, com alterações em seus padrões. A cada 11 anos a composição deste sistema muda bruscamente.

Projeto HAARP é uma arma?

Desde que foi iniciado, no começo da década de 1990, o Projeto HAARP foi alvo de diversas acusações. A maioria delas dizia que as antenas poderiam ser utilizadas como arma. Segundo o Parlamento Russo, em 2002, “estão criando novas armas geofísicas que podem influenciar a baixa atmosfera terrestre”, disseram ainda que o “novo tipo de armas difere dos tipos anteriores à medida que a baixa atmosfera terrestre se torna objeto direto de influência e um de seus componentes”.

Outro órgão importante que se manifestou foi o Parlamento Europeu, esse em 1999, alegando que o meio-ambiente estava correndo risco devido as atividades desenvolvidas pelo Projeto HAARP. Chegaram a pedir investigações, visando a proibição deste tipo de estudo. As solicitações não foram atendidas pelos Estados Unidos, que continuou tocando o projeto ao longo dos anos seguintes.

Qual o risco de aquecer a ionosfera?

Além do HAARP, existiam outros mecanismos que aqueciam a ionosfera, um localizado na Noruega e outro na Rússia. Em todos eram utilizadas antenas de grande potência para aquecer aquela camada, buscando a criação de uma aurora artificial. Com o surgimento da aurora, alguns pontos do Planeta Terra podem sofrer com aumentos de temperatura, sendo este um efeito estufa ionosférico.

Terremoto no Haiti

A imprensa venezuelana, com o jornal “Vive”, chegou a afirmar que o controle de placas tectônicas gerou o terremoto no Haiti em 2010. Segundo eles, o Projeto HAARP manipulou a geofísica caribenha. As teorias conspiratórias apontam que os Estados Unidos precisavam de um país para testar a sua arma, então escolheram este.

Controle mental

Existem centenas de tipos de ondas de rádio, nas mais variadas frequências. O som é captado devido a estas frequências e suas amplitudes. Alguns acreditam que os Estados Unidos seriam capazes de manipular a mente coletiva em busca de algum ideal. Tudo isso por meio de estudos do HAARP.

Fim do Projeto HAARP

Em maio de 2014, durante o governo de Barack Obama, a Força Aérea decidiu colocar um fim no Projeto HAARP. Conforme o vice-secretário assistente da Força Aérea para a ciência, tecnologia e engenharia, David Walker, um dos motivos para o fim é que “não é uma área que temos necessidade no futuro”, disse. Afirmou ainda que buscariam outras formas de influenciar na ionosfera, possibilitando que pudesse ser controlada.