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Rei Arthur: conheça a história do personagem

O Rei Artur teria governado a Grã-Bretanha em algum período do século V ou VI, ou seja, há mais de 1.500 anos. Até hoje não foi comprovada a sua real existência, sendo tido por muitos historiadores apenas como uma lenda. Ainda hoje existem muitas dúvidas sobre sua vida. Verdadeiro ou não, este personagem é um dos mais famosos da história.

Quem foi Rei Artur?

O Rei Artur foi um líder britânico que comandou a Grã-Bretanha no fim do século V, liderando o reino em diversas batalhas históricas. Muitos dos feitos são tidos como lendas e também folclóricos. Até mesmo a existência do Rei Artur gera polêmica entre alguns historiadores, embora existam diversas fontes comprovando a veracidade e poemas citando o seu nome.

As lendas em torno do Rei Artur atualmente são chamadas de Matéria da Bretanha. Os personagens e até mesmo os enredos que compõe algumas das histórias que envolvem o nome deste monarca são variantes conforme o texto. Ainda hoje as lendas continuam vivas, representadas em teatros, televisão e também cinema.

Rei Artur existiu?

Muitos historiadores acreditam que o nome do Rei Artur estaria ligado a uma figura mitológica celta, Artaois, de nomenclatura semelhante ao suposto rei da Grã-Bretanha. Tem alguns que fazem relação com uma constelação próxima a Ursa Maior, chamada Arcturus. De qualquer forma, é grande o grupo que defende sobre o monarca nunca ter existido.

Provas encontradas

Recentemente um grupo de arqueólogos encontrou vestígios de um enorme palácio em Tintagel, na Cornualha, justamente no local onde o Rei Artur teria nascido, segundo os textos antigos. Os especialistas indicam que essa construção foi erguida em algum período entre os séculos V e VI. Pensam ainda que servia para abrigar um grupo poderoso de soldados ou algum líder importante.

Antes de Geoffrey

Embora os primeiros escritos oficiais sobre o Rei Artur tenham sido feitos somente 600 anos após a sua morte, antes já existiam movimentos pensando em encontrar características desse personagem folclórico. De acordo com uma pesquisa acadêmica de 2007, feita por Thomas Green, algumas características marcavam os primeiros textos sobre o monarca, mostrando-o como um guerreiro inigualável, a parte folclórica e por fim uma conexão com o paraíso celta, conhecido como Annwn.

Existem alguns textos em forma de poema sobre ele, inclusive um fala sobre um diálogo que Artur teve com o porteiro de uma fortaleza, com o título “Qual homem é o porteiro?”. Artur também foi citado em alguns textos escritos em latim, sendo tratado como um personagem importante da era pós-romana. O problema é que pouca coisa pode ser usada como fonte confiável.

O surgimento da lenda

O nome do Rei Artur começou a se popularizar com o autor Geoffrey de Monmouth, que escreveu a obra “História dos Reis da Bretanha”, por volta de 1130. Segundo os escritos de Monmouth, a coroação do rei teria acontecido em solo romano, na cidade de Selchester. Arqueólogos continuam trabalhando em escavações e procurando provas sobre a existência do monarca.

Alguns estudiosos discordam que os textos são realmente de Geoffrey, já que algumas partes do livro são semelhantes a outras já escritas anteriormente. Tendo algumas partes inventadas ou não, o manuscrito foi bem importante, sendo copiado mais de 200 vezes, sem incluir traduções para outros idiomas.

O nascimento

A história conta que Artur foi o primeiro filho de Uther Pendragon e da Duquesa Ingraine, que era casada com outro homem, Garlois. No seu casamento ela já tinha uma filha, chamada Morgana. O marido estava atuando no campo de batalha, enquanto isso Pendragon aproveitou para fisgar Ingraine. Diferente de Artur, a existência do seu suposto pai foi comprovada.

Filhos de Artur

Segundo a lenda, Artur chegou a se envolver com Morgana, sua meia-irmã, gerando o filho chamado Mordred, porém, em outros relatos Mordred é citado como sobrinho do rei. Pensando em melhorar as relações e visando os negócios, casou-se com a princesa Guinevere. O casal acabou não tendo filhos, algo que seria uma punição, já que a princesa havia se apaixonado por um amigo de Artur.

As vitórias do Rei Artur

A história do Rei Artur conta que ele teria vencido nada menos do que 12 batalhas contra saxões. Uma delas pode ter sido disputada em solo inglês, na cidade conhecida hoje como Chester, e que na Idade Média era chamada de “Cidade das Legiões”. Escavações identificaram por lá a construção de um anfiteatro, algo semelhante as escrituras sobre a lenda. Ao longo de suas batalhas ele esteve acompanhado de 12 homens: Kay, Lancelot, Gaheris, Bedivere, Lamorak de Galis, Gawain, Galahad, Tristão, Gareth, Percival, Boors e Geraint, grupo conhecido por Távola Redonda.

O castelo do rei

Todo rei tinha o seu castelo ou palácio, e com Artur não era diferente. A construção é chamada de Camelot, embora não seja possível apontar com exatidão onde ela era localizada. Pesquisadores imaginam que ficava em solo inglês, próximo a um antigo forte romano, num lugar chamado de Camulodunum.

De acordo com o professor Peter Field, no século V este local poderia ser uma importante área para a estratégia do reino. Algumas ideias sugerem que ficava em Newport, no País de Gales ou mesmo em Cornualha. No passado a Grã-Bretanha contava com diversos fortes e palácios, por onde Artur e sua trupe podem ter passado.

A morte

A história conta que o Rei Artur teria sido morto por seu filho (ou sobrinho) Mordred, durante a Batalha de Camelot. O monarca teria pedido para seu escudeiro, Bedivere, que o levasse até a beira de um rio, onde sua espada deveria ser jogada. Em seguida Artur seria levado para um local onde foi tratado.

Restos mortais

Algumas informações indicam que os restos mortais do Rei Arthur e da rainha Guinervere foram encontrados em 1191, por monges da Abadia de Glastonbury. No local estaria também uma cruz de chumbo e o túmulo seria composto por duas pirâmides. Na época o reino era comandado por Eduardo I e a rainha Leonor de Castela. Em 1962 a área foi investigada pelo arqueólogo Ralegh Radford, que comprovou a veracidade dos túmulos no local. Porém, a cruz e os ossos jamais foram encontrados.